Mensagem recebida no rito de Louvação ao Orixá Ogum do dia 27/08/24
A morte, como é entendida por muitos, não existe de verdade. Quando alguém deixa o plano terrestre e desencarna, essa pessoa não acaba; ela apenas deixa de viver na forma humana e retorna ao lugar onde a existência realmente acontece. A vida na Terra é só uma pequena passagem, muito curta quando comparada à eternidade do espírito.
É importante lembrar que essa experiência terrena tem começo, meio e fim. Por isso, é preciso valorizar cada dia, fazendo escolhas conscientes sobre como desfrutar do tempo da melhor maneira. Embora todos saibam que um dia vão deixar o corpo físico, muitos vivem sem pensar nisso. Somente após uma experiência de quase-morte, alguns começam a ver a vida sob uma nova perspectiva, surpreendidos pela oportunidade de mais tempo no plano físico.
A família onde você nasce não é por acaso; ela é escolhida no plano espiritual e reflete tanto as afinidades quanto os desencontros de outras vidas. Esses laços voltam com a oportunidade de se reconciliar e crescer, sendo um convite para desenvolver a sabedoria e cultivar o amor. A vida na Terra é uma chance de corrigir o que ficou para trás, carregando aprendizados anteriores e aprendendo coisas novas. Estar aqui é como frequentar uma escola, onde as lições não são ensinadas em salas de aula, mas em contextos familiares, sociais e culturais.
Cada pessoa passa por desafios diferentes, de acordo com o que o espírito precisa para evoluir. Seja pela lei do carma ou por escolha própria, os espíritos encontram aqui na Terra as condições para aprender e crescer. A vida que você recebeu dos seus pais é um presente valioso. Como você tem aproveitado esse presente? Quando voltar ao plano espiritual, vai se orgulhar do caminho que trilhou? Lembre-se de que, ao voltar, não se leva nada material. Mas as suas ações, os corações que tocou e os exemplos que deixou, isso sim, vai te acompanhar para sempre.
Tem gente que já traz habilidades e conhecimentos de outras vidas, mostrando que a vida continua mesmo depois que o corpo físico não está mais aqui. Como eu disse no começo, a morte, como muitos entendem, não existe. Mas, na vida, morre aquele que, em vez de viver plenamente, só sobrevive, desperdiçando a bênção do tempo que recebeu ao encarnar.
Então, não deixem os dias passarem em vão. Busquem ser melhores a cada dia, baseando suas escolhas nos seus valores. Lembrem-se de que tudo é passageiro, nenhum sofrimento é eterno e nem em vão. Se um desafio aparece, ele traz uma oportunidade de crescer e aprender.
A vida na Terra traz o aprendizado de se viver sob a lei do tempo. Vocês, que ainda estão encarnados, são sujeitos à passagem do tempo; às vezes, ele parece voar, e outras vezes, se arrasta. Mas na jornada terrena, tudo é temporário e um dia passa. O espírito, porém, transcende essas limitações e continua sua existência além do tempo e do espaço.
Os espíritos que já partiram se encontram com aqueles que ainda estão na Terra em diferentes momentos. Isso pode acontecer quando alguém desencarna, ou durante o sono, quando o espírito se desprende temporariamente do corpo e visita o plano astral. A linha que separa esses dois mundos é mais tênue do que vocês imaginam. Como os guias da casa ensinam, vocês são espíritos vivendo uma experiência na Terra. Lembrar disso pode ajudar a enfrentar os desafios com mais aceitação e entendimento.
Tudo é ação e reação, causa e consequência. O que hoje pode parecer sem sentido pode ter raízes em escolhas de outras vidas. As escolhas que vocês fazem hoje vão influenciar a vida atual e as futuras.
João de Aruanda
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