Mensagem recebida no rito de Louvação ao Orixá Ogum do dia 06/12/22
pela mediunidade de Thaís Gomes
Dias Horas e o Tempo – Mais um ano!
Os dias vem e vão.
O sol nasce, brilha e descansa.
A lua chega em uma sintonia perfeita e ilumina a noite, fazendo companhia para as estrelas.
Tudo é sagrado.
Milagres acontecem a todo momento.
Cada agora é uma nova oportunidade.
É possível fechar e abrir ciclos.
É possível se deixar tocar pelo divino de forma fluida e com a abertura da fé.
É desejável que se viva a vida terrena lembrando que essa passagem pelo planeta é finita e dura o tempo necessário, mas a natureza do espírito é eterna.
Humanos finitos.
Almas infinitas.
A natureza do equilíbrio é o movimento e a impermanência.
Não se apeguem a nada.
Essa é a raiz de muitos dos sofrimentos pelos quais vocês passam.
Deixem ir.
Deixem o tempo fazer seu papel.
Façam a parte de vocês, mas saibam também entregar.
Não é possível controle e nem previsibilidade.
A natureza da existência é a abertura.
A liberdade é uma verdade.
Até mesmo a não escolha é uma escolha.
Tudo o que é realizado ou deixa de ser realizado tem as suas consequências.
Não existe acaso.
No mundo espiritual, a visão é mais clara da realidade.
Os sentidos humanos de percepção têm limitações que não permitem um acesso integral a todas a outras dimensões além da matéria e da concretude.
Vocês tem o dom da intuição, que é uma potencialidade de cruzar tempo, espaço e barreiras.
Porém, a intuição sequer é considerada como um dos 5 sentidos, o que é uma lástima.
Trabalhar a fé é uma maneira de desenvolver a intuição.
E a intuição é uma forma de nos comunicarmos com vocês.
Porém, com frequência, vocês não a levam a sério.
Mentes lotadas.
Corações apertados.
Corpos correndo.
Para que a intuição entre em ação, é preciso espaço interno.
É preciso silêncio.
É preciso pausa.
A intenção pode ser desenvolvida com a intenção.
É importante saber distinguir o que são pensamentos que vem da mente e o que, de fato, é uma mensagem nossa que chega do mundo espiritual para vocês.
Mais um ano do calendário chega ao fim.
Esse é um bom momento para olhar para trás e reforçar os aprendizados e mudanças que desejam levar adiante.
Reflitam o quanto cresceram.
Observem o que vocês querem deixar para trás.
Escolham a bagagem que vocês vão carregar.
(e verifiquem se todo esse peso é necessário!)
A felicidade costuma andar junto com a simplicidade.
É preciso espaço para os movimentos.
Sigam caminhando, mas façam pausas para checar as rotas e ver a direção para a qual estão caminhando.
Apreciem as paisagens.
Sintam o cheiro das flores e o toque da brisa.
Ouçam a sintonia da natureza.
Reconheçam que o sagrado está em tudo e que estamos todos unidos pela centelha de Deus que habita em todas as formas de vida.
Quando vocês se dão conta disso,
A sensação de solidão diminui e tudo se torna mais belo.
A beleza está no agora e no olhar.
Mais um ano de encontros às terças feiras que também finda.
Esperamos que os ritos na choupana tenham trazido força e amparo para aqueles que estiveram conosco.
Coisas incríveis aconteceram, que possivelmente vocês não viram, mas é bem capaz de terem sentido.
No ambiente do templo, ocorrem transmutações.
As preces intimas são potencializadas.
O axé é revitalizado e ocorre a lembrança de que vocês são seres espirituais vivendo uma experiencia terrena.
Treinem os olhos para levar essa perspectiva para além dos muros dessa casa.
Umbanda não se encarcera entre 4 paredes.
Levem para a vida as inspirações que chegam para vocês durante os ritos.
Desenvolvam a fé realizadora, que traz para o campo da ação aquilo que faz sentido para a alma e para o coração.
Vocês possuem “bússolas” dentro de vocês capazes de guia-los.
Deixamos o convite para acreditarem e criarem o hábito de fortalecer a conexão com a instancia dentro de vocês que conhece as respostas e as perguntas.
Vocês têm os recursos necessários para fazerem boas escolhas.
Não duvidem desse potencial.
Quando a visão parecer turva, pausem, orem, deixem que possamos nos aproximas de vocês e acompanhá-los na jornada interior de cada um.
Todos vocês, sem exceção, possuem no mínimo um de nós: guardiões.
Olhamos por vocês e tentamos auxiliá-los na medida em que vocês possibilitam.
A frequência com que vocês vibram determina a facilidade ou dificuldade para que possamos nos aproximar.
Alguns nos chamam de anjos da guarda.
Outros, de Exu.
Isso não importa.
Independente do nome que recebemos ou da tradição religiosa que vocês seguem (ou mesmo aqueles que são ateus ou agnósticos), estamos sempre disponíveis para ajudar.
Há mistérios da vida e do universo que vocês não compreendem.
A razão muitas vezes não alcança instâncias que o sentir pode acessar.
Quando não conseguirem encontrar respostas racionais, se dediquem para o sentir.
Aproveitamos a oportunidade desse último encontro de terça feira de 2022 para agradecer por termos tido a chance de trabalhar no terreiro.
Isso também é importante para nós e enche os nossos corações de alegria.
Seguimos firmes e em comunhão!
Saravá a cada irmã e irmão!
Que a benção dos orixás continue iluminando e inspirando a todos nós, em pensamentos, sentimentos e ações.
Ass. Exu
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